domingo, 25 de janeiro de 2015

Dica de leitura para as férias. Vale a pena !!!




 Casa com Alpendre de Vidro Cego conta, com a simplicidade característica da melhor literatura nórdica, a vida de Tora, uma menina nascida da relação de uma norueguesa com um soldado alemão durante a Ocupação, numa aldeia do Norte da Noruega.Tora carrega o estigma da desonra que a torna alvo do escárnio dos vizinhos, mas é no lar que terá de enfrentar as investidas do perigo, sofrendo com a ausência da mãe, Ingrid, que tem de sustentar a família, e com os abusos do padrasto, Henrik, um homem violento. Apesar deste ambiente de pobreza e de miséria moral, Tora tem as ilusões próprias de uma menina da sua idade e desenvolve armas para lutar contra as adversidades.A Casa com Alpendre de Vidro Cego é o primeiro título da trilogia de Tora que nos deixará, a todos, na expectativa de saber como será a vida da menina-coragem.







No auge da sua carreira como pianista, Z. apanha um comboio com destino a Florença, cidade onde, a convite do governo italiano, irá dar um concerto. Pouco antes de cruzar a fronteira, é acometido por uma indisposição, e, depois da sua atuação, acaba por ser internado num hospital florentino, sendo-lhe diagnosticada uma rara doença viral. Aí, enquanto paira entre a vida e a morte, Z. levará a cabo um diálogo intenso e crítico com o seu médico, uma indagação sem concessões sobre o precário equilíbrio entre o poder curativo da ciência e o espírito de luta do paciente. Uma noite, presa do delírio causado pela morfina, Z. escuta uma voz feminina, que lhe sussurra: «Não quero que morra.» E estas palavras terão nele um efeito medicinal, levando-o a repensar aspectos fundamentais da sua vida. Será aquela «força feminina», aquela energia que age mascarada, a lutar por ele, a trazê-lo de volta à vida.Escrito em 1946, no seguimento de As Velas Ardem até ao Fim, este romance é mais um claro exemplo da especial sensibilidade e talento do grande escritor húngaro para abordar as principais preocupações do ser humano, aquelas que transcendem as fronteiras históricas e geográficas. A paixão, o sofrimento, a doença, o êxtase provocado pela arte e o mistério da morte são alguns dos temas intemporais que Sándor Márai aborda de forma magistral ao longo destas páginas - a última obra que publicou no seu país, antes de partir para o exílio.

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